O que um profissional precisa fazer para não se tornar obsoleto amanhã
Publicado originalmente em SOBRE TUDO.
A automatização, os softwares e os robôs ocuparão funções hoje exercidas pelos homens e deixarão um déficit de 5 milhões de empregos nas 15 maiores economias do mundo, segundo a pesquisa “O futuro do trabalho”, publicada em 2016 pelo Fórum Econômico Mundial.
O que é possível fazer para que as pessoas não terminem obsoletas e desempregadas?
Há soluções, mas é vital agir imediatamente, alerta o inglês Rohit Talwar, mestre em administração e presidente da Fast Future, organização britânica de pesquisa sobre o futuro.
“Precisamos fazer esforços para ajudar as pessoas a desenvolver novas habilidades, seja para que trabalhem como autônomas ou para que criem seus negócios”, diz.
Para Talwar, é necessário que os governos invistam na capacitação das pessoas, mas também é importante oferecer incentivos para que empresas criem novos postos de trabalho. Em um período de três a cinco anos, segundo ele, “quando as grandes mudanças realmente acontecerem”, são esses negócios que absorverão quem será cortado das grandes companhias.
Quem deixou para trás uma carreira tradicional na área da advocacia em busca de um caminho autônomo foi André Arcas, 25, que em 2015 trancou a faculdade de direito para criar a Woole, aplicativo de rotas para ciclistas. A perspectiva é que, até 2018, ele consiga se manter com o app. Enquanto isso, vive de outra habilidade: ministra treinamentos sobre técnicas de apresentação. Essa soma de aptidões, conhecimentos e habilidades também é apontada pelos especialistas como uma marca dos empregos do amanhã.
Nesse tipo de trabalho múltiplo, além de mesclar conhecimentos de áreas diferentes, o profissional terá de conviver bem com as máquinas, diz Leonardo Nelmi Trevisan, pós-doutor em economia do trabalho pela Universidade de Londres e professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing.
Para muita gente, vai ser difícil virar a chave e se tornar um profissional de múltiplas habilidades, adaptado às tecnologias. Mas as mudanças não vão parar por aí. “Será preciso encontrar novos papéis e acompanhar as transformações ao longo dos anos, por isso, a aprendizagem vai ter que seguir pela vida toda”, afirma Trevisan.
Com a expectativa de vida se aproximando dos cem anos, é provável que uma criança que entrou na escola em 2017 tenha 40 empregos ao longo da vida, afirma Talwar. “Teremos que ensinar habilidades e permitir que aprendam outras, específicas para os próximos trabalhos.”
Talvez isso seja distante da realidade dos profissionais mais velhos, mas não para os millenials, nascidos entre 1980 e 1995. Para o engenheiro Luiz Valente, diretor da recrutadora Talenses, a ascensão dessa geração impulsionou a mudança. Estudo da consultoria Deloitte aponta que, até 2020, eles serão 75% da força de trabalho, muitos em posição de comando.
O técnico em mecânica Isac de Oliveira, 29, classificador de sucata na Gerdau, não sofreu para se adaptar à tecnologia. Quando começou, recebia os caminhões, avaliava o material, anotava no papel e só usava o computador para liberar a carga. Hoje, faz tudo no celular.
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